Hoje, dos quase 27 milhões de alunos inscritos na etapa fundamental, o
Ministério da Educação estima que menos de um terço, apenas oito
milhões, atingirá o nível médio.
A universalização do Ensino Médio público para o cidadão brasileiro
será obrigatória a partir do ano que vem em todo o país. Projeto nesse
sentido foi aprovado por unanimidade, em caráter conclusivo, pela
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Como o
projeto do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) já foi aprovado pelo
Senado será agora encaminhado para a sanção presidencial.
Paro o autor da proposta, “sem uma melhoria profunda na qualidade das
escolas, continuará difícil atrair o jovem e mantê-lo em sala de aula”.
Ele diz que o desafio está em fazer do antigo segundo grau mais do que
um trampolim para a universidade, uma etapa profissionalizante, ao
término da qual o estudante se sentirá apto a enfrentar o mercado de
trabalho e assumir a independência.
Hoje, dos quase 27 milhões de alunos inscritos na etapa fundamental, o
Ministério da Educação estima que menos de um terço, apenas 8 milhões,
atingirá o nível médio. Em ambos os níveis, as taxas de abandono são
inaceitavelmente altas, como também as de reprovação. As razões são
similares. Nos dois casos, as escolas falham pela precariedade das
instalações, pela baixa qualificação e valorização dos professores, por
oferecerem conteúdos sem utilidade prática com os quais, para agravar,
crianças e adolescentes em pouco ou nada se identificam.
Atualmente, o estado é obrigado a oferecer vagas no ensino público
gratuito para os brasileiros que quiserem frequentar o Ensino
Fundamental, que vai da 1ª a 8ª série (ou 1º ao 9º ano). Com a sanção do
novo projeto, o Poder Público terá que ofertar vagas também para os
três anos seguintes, no Ensino Médio.
Os custos para a expansão do Médio gratuito serão de
responsabilidade, em princípio, de estados e do Distrito Federal. E a
emenda, que criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb),
assegurará mais recursos para a Educação Básica, incluindo Ensino Médio.
Clipping Infância na Mídia Hoje (ANDI)
Nenhum comentário:
Postar um comentário